Blog Do Hyldinho

Os professores de Campina Grande se reuniram nesta quarta-feira (1º) e decidiram suspender, por uma semana, o indicativo de greve. A iniciativa visa, segundo o Sintab, aguardar a proposta oficial da gestão Bruno Cunha Lima (PSD) sobre o reajuste do piso, cuja Lei federal estipula em 14,95%.

Em nota, o sindicato disse que “a decisão dos servidores é uma sinalização aos poderes públicos de que a categoria não é intransigente e que não quer criar problemas. O magistério espera dessa Audiência uma demonstração clara e irretocável da prefeitura em resolver o problema. Todavia, caso a mesma não apresente nada de concreto do dia 07, a greve será deflagrada imediatamente no dia 08 de março”.

A decisão ocorre após Audiência na Promotoria de Educação do Ministério Público, onde a direção do Sintab e a Prefeitura de Campina Grande chegaram a um acordo para a instalação de uma mesa de negociação para debater o reajuste do Piso do Magistério e outras pautas de interesse da categoria. O presidente do Sintab Franklyn Barbosa estimulou os servidores a manter-se ativo na luta. “O reajuste não vai cair de paraquedas. Não acreditem que os poderes públicos estão do nosso lado. Vamos ter que buscar na marra”, disse ele.

O vice-presidente do Sintab Napoleão Maracajá rechaçou a hipótese de que a prefeitura não tem recursos para pagar o reajuste do piso e destacou que o art. 4º da Lei do Piso determina que, caso o município não consiga assegurar o pagamento do piso, a União deverá complementar os recursos, bastando o ente federativo justificar sua incapacidade através de solicitação fundamentada. “A lei é muito clara. Se a prefeitura diz não ter os recursos, na Lei tem opções de recorrer a esses recursos, obviamente, obedecendo a critérios de transparência que a prefeitura deverá cumprir”, concluiu.

Por fim, a diretora do Sintab Maria da Paz destacou aos presentes que a categoria tem toda uma pauta de reclamações e problemas que não se restringe somente ao reajuste do Piso, como a Data-Base, GAE, GED, e sugeriu, então, a criação de uma mesa de negociação, que foi acatada por ambas as partes, e contará com a participação de membros da Câmara Municipal (oposição e situação), Sintab, IPSEM, Prefeitura, Comissão e Secretárias de Finanças e Educação.

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