A Paraíba foi destaque em vários momentos na operação Lava Jato através das investigações envolvendo a construtora Planicie e o empresário Fábio Magno de Araújo Fernandes, conhecido como Fabinho da Conorte que foi usado pela empreiteira OAS para pagamento de propina a políticos da Paraíba e da Bahia.
O próprio empresário Léo Pinheiro da OAS fez a revelação. Nos autos do processo ele diz que usou a construtora Planície, com sede em Santa Rita (PB), para fazer vários repasses no final de setembro e início de outubro de 2014.
Preso na operação Confraria, por desvio de recursos públicos, Fábio da Conorte, saiu oficialmente de algumas empresas e desde então atua no anonimato para evitar problemas com a justiça. Na construtora Planicie, ele é representado por Pedro Fernandes Sobrinho e Sandro Maciel Fernandes.
A foto desta reportagem só foi possível graças ao levantamento feito pela polícia federal que capturou através de seus sistemas de investigação e colocou nos autos, porque publicamente Fabio Magno tem evitado holofotes e exposição, embora continue fazendo negócios em prefeituras e órgãos públicos em nome de laranjas e parentes.
O jornal Correio Braziliense revelou que o total pago pela OAS, de acordo com depósitos bancários exibidos, foi de R$ 2,5 milhões. O Ministério Público afirmou que Fábio Magno cobrava 20% de comissão para atuar como laranja e intermediar o repasse das propinas.
As notas fiscais apresentadas pelo empreiteiro Léo Pinheiro foram emitidas em 26 de setembro de 01 de outubro de 2014. Os papéis mostram que a Construtora Planície alugou de forma fictícia à OAS quatro caminhões-pipa e 14 veículos do tipo basculante por R$ 278 mil mensais.
No descritivo das notas, constava que os equipamentos da construtora Planicie deveriam ser enviados para o Canal do Sertão, na rodovia BR 423 em Inhapi (AL).
A defesa da Planície negou as acusações e disse que é uma empresa idônea e regular na Receita Federal e nos órgãos federais.
Desde a operação Confraria, quando teve sua prisão decretada, o empresário Fábio Magno de Araújo Fernandes, vive longe dos holofotes e procura atuar nos bastidores para não chamar a atenção das autoridades.
Ele possui participações societárias em três empresas: Supernova Empreendimentos e Participações Ltda, Greenbr Importações Comércio e Distribuição Ltda, é administrador da Talk Cedae Sociedade e utiliza parentes para integrar os quadros societários na construtora Planície, envolvida neste escândalo da OAS