Um empresário e o chefe da Guarda Municipal de Taperoá foram presos hoje de manhã acusados de dois assassinatos de trabalhadores. Os crimes aconteceram no dia 18 do mês passado na zona rural de Cubati, na Paraíba. A causa dos homicídios seria retaliação porque um deles, Francinaldo da Silva, cujo apelido era Naldinho, de 37 anos, acionou a Justiça do Trabalho contra Edson dos Santos Dantas, o Edson do Tomate, conhecido como o maior plantador de tomate do Estado e mandante dos homicídios. Pela sentença, Francinaldo deveria receber R$ 40 mil de indenização.
Francinaldo e um colega de trabalho, Jodeildo João de Souza, de 55 anos, trabalhavam conduzindo tratores para a prefeitura de Cubati quando os assassinos chegaram e efetuaram os disparos.
A Polícia Civil chegou à conclusão que o crime foi encomendado e cinco pessoas foram presas hoje na Operação Justiça Sangrenta, deflagrada em Cubati, Soledade, Taperoá e Assunção. Entre os detidos estão Edson e o irmão dele, Israel dos Santos Dantas, além de Expedito Calixto dos Santos, chefe da Guarda Municipal de Taperoá, suspeito de ser um dos executores das mortes e José Maurício Alves. Ainda foi preso um homem conhecido como Batista do Caminhão.
A delegada Mairam Moura informou que Edson já havia sido denunciado em outro caso por encomendar a morte de um trabalhador que acionou a Justiça do Trabalho para cobrar direitos não cumpridos pelo empresário. “Jodeildo não era o alvo. Ele foi morto porque estava num trator à frente de Naldinho, que estava sendo procurado para ser morto pelos pistoleiros. Naldinho trabalhou para Edson e a ação tinha condenado o empresário a pagar R$ 40 mil, mas houve um acordo para pagar R$ 27 mil, mas aconteceu essa tragédia”, contou ela.
No dia do crime, testemunhas viram uma picape branca sair do local do crime em alta velocidade. O veículo seria de Edson. Câmeras de monitoramento captaram as imagens tanto na zona rural onde as mortes aconteceram quando na rodovia por onde passaram depois de efetuarem os disparos que mataram os tratoristas.
Edson ao chegar à delegacia negou que tivesse relação com as mortes.
Com Parlamento PB