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Jonathan Henrique, acusado de matar Patrícia Roberta e ocultar seu cadáver, em João Pessoa, foi condenado a 21 e dois meses de prisão pelo crime. O júri popular ocorreu nesta quinta-feira (25) no plenário do 2° Tribunal do Júri da capital. Ele confessou a morte e ocultação de cadáver da vítima.

Seis testemunhas foram ouvidas na audiência, todas de acusação. Na sequência foi a vez de Jonathan depor, porém, a defesa dele pediu direito parcial ao silêncio, sendo assim, o acusado respondeu apenas perguntas da própria defesa.

A sentença foi lida na madrugada desta sexta-feira (26), após mais de 14 horas de julgamento. Jonathan vai responder a 20 anos de prisão pelo homicídio triplamente qualificado de Patrícia Roberta, e mais um ano e dois meses pela ocultação de cadáver.

Acusado confessa morte e ocultação de cadáver

Durante a audiência nesta quinta-feira (25), Jonathan respondeu apenas perguntas da própria defesa. Em sua versão, Jonathan alegou que a morte de Patrícia aconteceu durante uma relação sexual. Ele disse que fez uso da asfixiofilia, prática sexual que envolve asfixia . “Eu não sei o que aconteceu, acho que eu ainda não estava em estado normal, porque aconteceu essa tragédia”, afirmou no interrogatório.

Ele também acrescentou que entrou em pânico quando a ex-namorada, que estava grávida do filho dele na época, e a ex-sogra chegaram no local. Ele contou que colocou o corpo em outro quarto para escondê-lo.

Ele também contou como teria sido o fim de semana antes de matar a jovem. Ele afirmou que Patrícia chegou na sexta à noite. Eles beberam, dormiram. No sábado, ele foi consertar a moto e ela ficou no apartamento dele. À noite do sábado foram para uma festa no bairro Valentina de Figueiredo. Ele disse que consumiu várias drogas. Voltaram da festa e dormiram. A morte foi no domingo.

No entanto, o promotor Demétrius Castor afirmou que a versão da ida de Jonathan para a festa com Patrícia era mentirosa. Ele afirmou que uma amiga do acusado disse em depoimento que ele foi para o apartamento dela, enquanto Patrícia ficou trancada. Disse ainda que tem imagens que mostram ele saindo do apartamento da amiga na manhã do domingo.

Relembre o caso

No dia 27 de abril de 2021, o corpo de Patrícia Roberta, de 22 anos, foi encontrada com os pés amarrados e envolto em um saco, em uma região de mata no bairro do Novo Geisel, em João Pessoa. De acordo com o laudo da causa da morte, a vítima foi morta por asfixia ou por esganadura.

Patrícia Roberta, natural de Caruaru, em Pernambuco, havia viajado a João Pessoa para visitar o amigo Jonathan Henrique, chegando na cidade em 23 de abril. O acusado combinou de buscar a vítima, mas acabou não indo e disponibilizou um carro por aplicativo para levá-la até sua casa.

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