Governo da Paraíba amplia leitos hospitalares para atendimento das síndromes gripais infantis
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) está ampliando o número de leitos na rede pediátrica da Paraíba, após avaliar a situação do atendimento de síndromes respiratórias que vem apresentando uma demanda crescente, em virtude do período de sazonalidade dos agravos. Inicialmente, foram ampliados 77 leitos na rede de referência estadual. Além do incremento no atendimento infantil, a SES chama atenção ainda para a necessidade da vacinação para a influenza, que previne a forma grave das síndromes respiratórias dos vírus circulantes.
O aumento significativo nos casos de síndromes respiratórias no público pediátrico tem a estimativa de prevalecer até o final do mês de junho e a SES utiliza como estratégia inicial a expansão do número de leitos pediátricos de 205 para 282, que ocorrerá nas três regiões de saúde por toda a Paraíba. Os novos leitos são tanto de enfermaria quanto de UTI e foram distribuídos em várias unidades de saúde do estado: Complexo Hospitalar Arlinda Marques, Hospital Distrital de Solânea, Hospital Infantil Noaldo Leite, UPA de Cajazeiras e Hospitais Regionais de Sousa, Piancó, Catolé do Rocha, Cajazeiras, Picuí e Mamanguape.
O secretário executivo de Gestão de Rede de Unidades de Saúde, Ari Reis, explica que no início dos sintomas o atendimento pode ser feito nas unidades básicas de saúde e de pronto atendimentos municipais, mas que a rede estadual está pronta para atender a forma agravada das síndromes respiratórias agudas que necessitem de internação.
“Diante deste momento mais crítico, a SES está investindo 1,5 milhão de reais somente na expansão imediata destes leitos, mas é sempre bom ressaltar que as medidas que adotamos na pandemia de covid-19 ainda prevalecem como forma de prevenção de circulação do vírus, tais como o isolamento, proteção do nariz e boca ao espirrar e a própria lavagem das mãos. Além disso, a vacinação é muito importante, pois pode prevenir a forma mais grave das doenças respiratórias virais e frear o ciclo de transmissão dos vírus. As síndromes gripais podem ser evitáveis por meio da vacina”, enfatiza.
A vacinação é uma das medidas mais eficazes de prevenir as síndromes respiratórias como a gripe, pois evita a disseminação do vírus e a evolução da doença para formas mais graves. A população infantil precisa ser vacinada contra a influenza por ser um público com imunidade mais vulnerável que está suscetível a desenvolver sintomas graves. A vacinação, além de proteger a população e garantir a saúde coletiva, evita que as urgências hospitalares fiquem lotadas.
A cobertura vacinal contra a gripe está insatisfatória na Paraíba em decorrência da baixa procura pela vacina nos postos de saúde. Dos 223 municípios paraibanos, 52 não registraram aplicação de doses contra influenza na população infantil e, até 19 de abril, foram registrados dois óbitos pela doença na Paraíba em crianças menores de seis anos. É importante lembrar que os pais ou responsáveis precisam levar as crianças com idade de 6 meses a menores de 6 anos para receber a dose anual da vacina contra a gripe, protegendo os pequenos de quadros graves da doença e até óbitos.