A Força-Tarefa de combate ao crime organizado do Sistema Único de Segurança Pública da Paraíba prendeu um dos suspeitos do ataque com incêndio a ônibus, no bairro do Padre Zé, em João Pessoa. Crime aconteceu no dia 18 de julho. Motorista teve 54% do corpo queimado e passageiros ficaram feridos.
De acordo com a Polícia Federal, o homem foi preso em flagrante, na noite da sexta-feira (28), por estar em posse do veículo utilizado no crime. O carro foi localizado no bairro do Mutirão em Bayeux.
O suspeito, de 44 anos, é motorista de alternativo e foi conduzido para esclarecimentos ao ser identificado como proprietário do carro.
No veículo foi encontrado um galão com forte cheiro de combustível.
Após análise do aparelho celular e declaração do suspeito à Polícia, foi confirmada a participação como motorista do veículo utilizado na ação criminosa.
O suspeito também estaria ligado a uma organização criminosa que atua no estado.
O homem foi autuado em flagrante e aguarda audiência de custódia.
Relembre o caso
Na noite do dia 18 de julho dois homens armados invadiram o coletivo que faz a a linha 600, entre os bairros de Bessa e Varadouro. Na ação, eles obrigaram o motorista e cinco passageiros a permanecerem no ônibus, atiraram garrafas com combustível e atearam fogo.
“Eles mandaram o pessoal correr para a parte de trás do ônibus, mas proibiram o motorista de abrir as portas, inclusive um deles deu uma coronhada na cabeça do motorista. Em seguida, desceram pela porta da frente e jogaram gasolina na porta antes de atear fogo em tudo”, disse a capitã Marilyn, da PM.
A PM foi acionada e resgatou as três vítimas, que foram levadas para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. As outras duas pessoas que estavam no ônibus conseguiram fugir antes que as chamas consumissem o veículo.
Entre os feridos estava uma passageira de 27 anos e um passageiro de 30 anos com ferimentos leves que tiveram alta do hospital ainda na madrugada do dia 19 de julho.
O motorista teve 54% do corpo queimado. Segundo o Hospital de Trauma, ele teve queimaduras no rosto, braços e tórax.
As chamas consumiram o ônibus em poucos minutos e o fogo também atingiu a rede de energia elétrica, deixando parte do bairro sem energia. A ação dos criminosos não ficou registrada em vídeo porque a câmera de segurança presente no coletivo não transmite imagens e foi destruída pelo fogo.