A Secretaria de Saúde de Campina Grande decidiu, nesta terça-feira (11), afastar os profissionais da maternidade Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) que atenderam uma gestante vítima de uma suposta negligência médica. A mulher perdeu o útero e o bebê morreu. Um pai denunciou nas redes sociais que o filho morreu na maternidade Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, após a mãe da criança receber uma superdosagem de um medicamento para induzir o parto.
Em entrevista à rádio CBN João Pessoa, o pai da criança afirmou que, após sua esposa ser levada para a sala de cesárea, ficou sem notícias sobre o que estava acontecendo. Quando finalmente entrou no local, viu a equipe médica retirando o bebê já sem vida e segurando o útero da mãe.
“O médico me entregou o órgão para eu fazer a biópsia do útero e explicou que nunca tinha visto um rompimento daquela forma”, relatou. “Eu estou revoltado, estou com muito ódio, mas, ao mesmo tempo, estou tendo acolhimento de familiares e amigos. A retirada do útero dela dificultou a realização desse sonho novamente. Eles fizeram algo muito grave com a gente. Eu ainda não consegui viver meu luto e entender, sentir. O tempo todo, estou tentando ser forte para cuidar dela, denunciar e conseguir responsabilizar todo mundo envolvido”, afirmou. A Polícia Civil investiga o caso.
MPPB
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) vai apurar, a partir desta quarta-feira (11), uma denúncia de negligência médica no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), localizado no município de Campina Grande. O procedimento foi instaurado pela promotora de Justiça, Adriana Amorim, que atua na área de defesa da saúde de Campina Grande.
Segundo a promotora de Justiça, embora o MPPB não tenha sido acionado formalmente sobre o caso, foi instaurado, de ofício, uma notícia de fato para apurar a situação que envolveria violência obstétrica e teria causado a morte de um bebê, na maternidade.
A representante do MPPB disse, ainda, que tomou conhecimento do caso por meio das redes sociais e destacou que a Promotoria de Justiça está à disposição das vítimas para que sejam coletadas mais informações.
Ela também afirmou que, dentre as diligências determinadas, estão a solicitação de instauração de sindicâncias pela Secretaria Municipal de Saúde, pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) e pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren).
Afastamento
A Secretaria de Saúde de Campina Grande afastou, na noite desta terça-feira (11), os profissionais da maternidade Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA) que atenderam uma gestante vítima de uma suposta negligência médica. Na ocasião, a mulher perdeu o útero e o bebê morreu.
Anteriormente, a secretaria informou que iria abrir uma sindicância para apurar o caso. Horas depois, o órgão emitiu uma nota anunciando o afastamento dos profissionais envolvidos, até que o caso seja apurado.
“O afastamento se faz necessário enquanto durar a sindicância que investiga a ocorrência. A Secretaria de Saúde acrescenta que toda a apuração será feita com o máximo rigor e os profissionais terão amplo direito de defesa, no processo”, diz a nota.
Na última terça-feira (11), um pai denunciou nas redes sociais que o filho morreu na maternidade Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, após a mãe da criança receber uma superdosagem de um medicamento para induzir o parto.
Segundo ele, a complicação também levou à retirada do útero da gestante. A Polícia Civil investiga o caso.